Sempre tive a curiosidade de saber o que quer dizer QUINDIM e de onde veio este termo, então, fui à campo pesquisar. Dei uma 'Googleada' e me deparei com duas histórias que até têm algo de parecido, mas só uma delas me dá aquela sensação de ser verdade.

Um doce chamado Brisa do Liz (que tem a mesma base do nosso quindim, mas que leva amêndoas em vez de coco ralado), nasceu em Portugal, onde uma senhora chamada D. Georgina viveu sua juventude e aprendeu a receita num convento, mais tarde levando consigo à Angola.

No site https://www.brisasdoliz.pt/historia esta história está detalhada, mas devo confessar algo. Sempre me causa um certo estranhamento o fato de criarem histórias onde famílias abastadas estão por trás de criações tão fenomenais quando, na verdade, temos a consciência de que não é bem assim. Vide o caso da coxinha, tão popular em festas, conhecida como 'comida de pobre' e que segue o mesmo roteiro quando se trata de sua criação: Uma família abastada do interior de São Paulo, bla bla bla bla bla.

Mas, voltando ao Brisa do Liz, este doce tem a mesma base do que nós conhecemos como Quindim. Como dito anteriormente, a diferença entre as versões deste doce, além do óbvio, O NOME, é que a versão lusitana é feita com amêndoas e a versão nordestina/africana é feita com coco ralado (que também é uma amêndoa, diga-se de passagem). Ao chegar ao Brasil através das mãos das escravas dos colonizadores portugueses, o doce foi rebatizado com o termo QUINDIM que quer dizer MOLEJO, REQUEBRO, meiguice, dengo, encanto, carinho.

Brisa do Liz ou Quindim? Português ou Afro-Brasileiro? Cada um tem sua peculiaridade e eu tomei a liberdade de entrar nesta discussão com a minha versão desta iguaria: a sua majestade, o QUINDIM DE MARACUJÁ!